Seguro viagem é importante? SIM

Praticamente todo pacote de viagens comprado hoje no Brasil inclui uma proteção para o caso de o turista e a sua família enfrentarem, durante o passeio, contratempos como extravio de bagagens e emergências médicas. Ninguém presta muita atenção nesse anteparo, entretanto –somente toma-se conhecimento dele quando o serviço se faz necessário. Aí, muitas vezes, o viajante percebe que o auxílio contratado é inadequado à sua necessidade ou difícil demais de usar.

Por esse motivo, é importante dedicar algum tempo à escolha desse instrumento da mesma maneira que se pensa com cuidado no destino das férias e no transporte.
São três os principais pontos em que se deve prestar atenção:

1 – Assistência de viagem não é a mesma coisa que seguro
A maior parte das ferramentas acrescentadas aos pacotes é uma assistência de viagem. Esse produto não prevê reembolso de despesas decorrentes de um evento desagradável. Então, se o turista precisar usar um hospital, tem que ser o indicado pela provedora. Já seguro (comercializado somente por companhias seguradoras) permite que o viajante escolha o posto da sua preferência e depois receba de volta o dinheiro das despesas. “O mesmo se aplica à hipótese de atraso ou adiamento do vôo –quem tem um seguro pode ficar no hotel que lhe for mais conveniente”, acrescenta André Vasco,  superintendente comercial de alta renda do Itaú Unibanco.

Essa é a melhor opção, portanto, quando o destino do passeio é isolado ou precário, pois aí existe uma grande chance de a clínica conveniada ficar longe.

2 – Coberturas e valores
Alguns países, como os europeus, fazem exigências quanto ao tipo de assistência ou seguro que o turista deve ter para poder entrar em seu território bem como aos valores das coberturas para gastos médicos, acidentes ou morte. É essencial verificar se a assistência ou o seguro oferecido pela agência cumprem tais requisitos. “Acontece de o turista ser mandado de volta se não dispuser da ferramenta adequada”, frisa Cristiana Vieira, gerente da área de vida e previdência da seguradora Porto Seguro.

Igualmente, recomenda-se adequar os montantes à localidade que se pretende conhecer: quanto mais longe ou mais cara, maiores precisam ser as indenizações para sinistros.

Quando a família já possui um plano de saúde que alcance o Brasil inteiro, pode contratar uma proteção mais simples, freqüentemente fornecida até pelo cartão de crédito.

Entretanto, se o objetivo é fazer um intercâmbio estudantil, que vai durar alguns meses, o auxílio precisa englobar cuidados odontológicos, por exemplo. Um viajante que pretenda praticar esportes radicais também necessita de cobertura ampla.

3 – Quais são os canais de atendimento
Os telefones têm que aceitar ligações a cobrar da cidade de destino e, de preferência, contar com atendentes que falam português. “Em uma situação de emergência, fica-se mais tranqüilo falando no seu próprio idioma”, diz Vieira. O turista deve carregar o número consigo, em vários lugares –na carteira, colado no passaporte, dentro da mala.

Antes de fechar negócio com a agência de viagem, recomenda-se que o turista faça uma pesquisa dos instrumentos disponíveis, por exemplo, no banco do qual é correntista ou da seguradora que fornece a apólice para o seu carro ou a sua casa. Pode-se conseguir condições e preços mais interessantes.

Cinco pequenos luxos de viagem que valem a pena

Muitos turistas, quando planejam um roteiro, só se preocupam em conseguir o transporte e o hotel mais baratos. Nem prestam atenção às características da passagem e da hospedagem, desde que o seu preço seja pequeno. 
Entretanto, usar o custo como principal critério para organizar o passeio é um erro, porque parte do prazer da experiência de viajar está justamente em curtir o trajeto até o destino e descansar em um lugar agradável e diferente de casa.  
A seguir, indicados por especialistas, cinco pequenos luxos que tornam a jornada mais confortável e divertida:  

1 – Comprar uma passagem aérea que permite trocar as datas sem pagar multa
Quem adquire o bilhete com muita antecedência já paga uma tarifa bem baixa. Optar por ter a possibilidade de mudar os dias e os horários depois sem penalizações –para o caso de o seu esquema inicial mudar– significa um acréscimo mínimo na comparação com o benefício. 

2 – Usar as milhas do cartão de crédito para fazer um upgrade de classe no avião
Especialmente nos deslocamentos longos, contar com espaço para as pernas e poltronas com maior inclinação faz diferença. E o gostinho da mordomia também permanece como uma agradável lembrança.

3 – Chegar ao destino no horário comercial
As passagens da madrugada são mais em conta, é verdade; porém, aportando em uma localidade desconhecida no meio da noite, corre-se o risco de não encontrar táxis para o hotel e lugares abertos para fazer um lanche –um enorme aborrecimento.  

4 – Tirar um tempinho para descansar antes de partir para a exploração
Em vez de largar a mala no quarto e sair correndo para conhecer o lugar, é uma boa ideia gastar algumas horas –o que significa ampliar a estadia em um período– desempacotando a mala com cuidado, conhecendo o hotel, fazendo uma refeição e revisando o cronograma. Repousado, aproveita-se melhor as atividades.  

5 – Ficar em um hotel com boa área de lazer infantil
Pousadas pequenas são charmosas, mas oferecem muito poucas opções de entretenimento para as crianças se, por exemplo, chove e não se pode sair. “É como diz o velho ditado: se os filhos estão felizes, os pais também estão”, resume Ania Zdunek, diretora de comunicação do Coworth Park, um hotel de campo localizado no Reino Unido, a vinte minutos de Londres. A hospedaria oferece uma programação especial para a garotada –com piquenique, caça ao tesouro e trilhas— e serviço de babás e monitores.     Cada turista pode escolher as facilidades que melhor servem à sua família. Bob Rossato, sócio-fundador de uma agência de viagens, por exemplo, prefere economizar ao máximo com as passagens para poder se hospedar bem. “O tempo que se passa dentro de uma aeronave é pequeno”, explica. “Um hotel bom, no entanto, significa a oportunidade de fazer coisas especiais.”

Para quem busca sossego no Carnaval, Aiuruoca e Carrancas são uma boa opção

Faltam 15 dias para o início do Carnaval, mas, no Sul de Minas, a festa já começou. Famosas por receberem turistas que querem fugir da agitação e dedicar o feriado à reflexões espirituais, os municípios de Carrancas e Aiuruoca mantiveram a tradição de mais de meio século e anteciparam a folia – a intenção é acolher também aqueles que não dispensam a diversão da maior festa popular do Brasil.

A primeira a esquentar os tamborins é Carrancas. Com pouco mais de 4.000 habitantes, o Carnaval na cidade começou na quinta-feira e termina amanhã. A secretária municipal de Cultura e Turismo, Lígia Moreira, explica que a tradição de antecipar a festa teve início em 1941, quando o Carnaval deu lugar aos retiros espirituais. “As pessoas se recolhem em oração nos quatro dias. Em respeito a essa tradição e para não atrapalhar o retiro, a população optou pela comemoração do Carnaval duas semanas antes”, explicou Lígia.

Com cachoeiras e natureza exuberante, o feriado de Carnaval é geralmente explorado por um tipo de turista diferente, que busca o sossego. Nesse período, a população da cidade dobra. E os moradores e empresários não reclamam. “Estamos acostumado e as pessoas vêm para cá fugindo da bagunça, procurando tranquilidade”, diz o morador Tomas Mesquita, 28.

O empresário Eder de Paula Lima, 58, garante que não tem do que reclamar. “Os turistas querem sossego e pagam por isso. Para se ter uma ideia, já não há mais vagas nas pousadas da cidade. Estamos lotados”, disse.
Aiuruoca. Com 6.173 habitantes, o Carnaval em Aiuruoca será comemorado entre 24 e 27 de fevereiro. O município também antecipa a festa. De acordo com o chefe da Divisão de Turismo e Meio Ambiente, Gilberto Furriel, a decisão foi tomada depois que o monsenhor Antônio Fortunado Nagel, pároco da cidade na época, condenou a festa por atrapalhar os retiros espirituais.

“Algumas pessoas até cogitaram comemorar o Carnaval depois da data oficial, mas em respeito ao período da Quaresma, a ideia não foi aprovada. Foi aí que decidiram fazer a comemoração na semana anterior”, explicou Furriel.

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